terça-feira, 21 de maio de 2013

Sozinho não dá


Um grande craque formado em um grande time. Neymar da Silva Santos Júnior tem tudo para ser um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. Mas, de uns meses para cá, o garoto vem apresentando um futebol abaixo do que se espera. E grande parte da culpa vem de quem o formou: o Santos.

Domingo, Neymar, já na etapa final, tentou literalmente sozinho ganhar o jogo de um Corinthians sólido e consistente. Antes, porém, buscou a ajuda de seus companheiros. Felipe Anderson errava tudo e se posicionava mal. André, ruim tecnicamente, deixou novamente a desejar. Montillo não estava em campo, e Cícero era o único que, razoavelmente, contribuia. O ex-moicano tentou com a equipe e sem ela. Não conseguiu.

Muricy Ramalho também deve ser mencionado. O treinador parece deixar nas mãos do atacante toda a responsabilidade dos resultados e do desempenho de seu time, que não tem padrão de jogo. Aparentemente cansado, Muricy não tem mais o prestígio nacional que conquistou no tricampeonato do São Paulo, no fim da década passada.

Ir para o Barcelona, agora, talvez seja pior. Neymar corre o risco de não se adaptar no futebol europeu, e com pouco tempo para a Copa do Mundo, a seleção brasileira pode ser prejudicada. O menino da vila deveria se transferir antes, no meio de 2012. Assim, teria duas temporadas na Europa para se adaptar, enfrentar grandes defensores e desenvolver um estilo tático que ainda não possui.

Prejuízo nos dois lados: se ficar, precisa de um time muito melhor ao seu lado; se sair, precisa se adaptar o mais rápido possível na Europa. E o Santos, principal impasse na venda de Neymar, quer a venda agora. Em um contrato ingênuo, o clube praiano pode perder o jogador de 21 anos de graça caso não consiga finalizar a transferência antes do término contratual. Lucro zero.

Preocupa o fato do Santos depender de Neymar. Se perdê-lo, e não modificar radicalmente seu elenco, corre riscos em um campeonato longo em que a prioridade é o conjunto: o Brasileirão.

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