terça-feira, 7 de maio de 2013

CB Entrevista - Alexandre Araújo

 
A entrevista de número 6 traz outro grande nome da imprensa brasileira. ALEXANDRE ARAÚJO começou na TV Record e passou por vários outros veículos de comunicação antes de chegar ao Fox Sports, onde atualmente é apresentador do Fox Sports Rádio, programa que vai ao ar na hora do almoço e é sucesso de audiência. Mesclando sua história com a sua opinião, Alexandre gentilmente concedeu a entrevista que você confere agora.

CB: Você sempre quis trabalhar no ramo do esporte?
AA: Desde sempre. Quando pequeno, por volta dos seis anos, adorava narrar meus jogos de futebol de botão. Narrava e gravava na fita cassete. Alguém ainda sabe o que é isso? Morava em São Paulo, mas me lembro de ouvir a diariamente Rádio Globo do Rio de Janeiro. Eu sempre fui apaixonado pelo rádio esportivo.

CB: Como começou sua carreira profissional?
AA: Comecei a trabalhar com 17 anos no arquivo de imagens da TV Record, em São Paulo. Valeu pela experiência e foi meu primeiro contato com o meio. Em 1995, ainda na capital paulista, fui estagiar no departamento de esportes da Radio Bandeirantes AM. Fiquei na emissora durante quatro anos e tive o prazer de trabalhar ao lado de muitas feras, como: Claudio Zaidan, Ricardo Capriotti, Orlando Duarte, Paulo Edson, Eduardo Affonso, Leandro Quesada, Mauricio Bonnato, Mario Mendes, entre outras feras do rádio paulista. Depois, passei pela Agência Estado, Radio Nove de Julho, Radio Globo, Sportv, Cidade, FM O Dia, OI FM, MPB FM e hoje faço parte do Fox Sports.

CB: Fora a presença de câmeras, qual é a diferença entre um programa de rádio e um de TV?
AA: A linguagem é diferente. A TV depende da imagem, ao contrário do rádio, onde existe margem maior para criar e isso talvez seja o mais apaixonante. Você ouve e imagina o que está sendo contado. A TV é mais direta.

CB: Você se espelha em algum jornalista esportivo?
AA: Nunca tive ninguém como referência, mas admiro muitos. Posso citar o José Carlos Araújo, Juca Kfouri e Claudio Zaidan.

CB: Você também é conhecido por mesclar o humor com o futebol. Acha que isso está em falta nos veículos de comunicação?
AA: Pelo contrário. Acho que isso hoje virou uma tendência. A emissoras viram que o futebol e o esporte de um modo geral devem ser tratados com mais suavidade, mais humor. Futebol não é política nem economia. É divertimento, entretenimento. Hoje, grande parte dos programas tem um tom mais leve. Tenho certeza que o Rock Bola-Pop Bola teve uma contribuição muito importante nessa mudança de linguagem.

CB: O Fox Sports Rádio, apesar do pouco tempo no ar, tem grande audiência. Qual o motivo do sucesso?
AA: Conseguimos levar uma fórmula de rádio para a TV. A agilidade do rádio com a modernidade da televisão. O imediatismo do rádio com a participação de entrevistados por telefone... sem contar o ótimo Ricardo Martins e o bem informado Eugênio Leal. Conseguimos unir informação com doses de bom humor.

CB: Futebol: Quem vence a Libertadores?
AA: Aposto no Corinthians e no Fluminense, times que tem conquistado títulos nos últimos anos. Não dá para descartar o galo, que está jogando o fino da bola.

CB: O Brasil está pronto para ganhar a Copa do Mundo de 2014?
AA: Não acredito. A safra de jogadores é comum, ainda não conseguimos montar um time e a competição está chegando. O fato do Brasil não estar disputando uma competição tem prejudicado nossa seleção. Acho ainda que o Felipão não é o cara indicado pra comandar o Brasil. Era a hora do Muricy ou do Tite. Estou pessimista, mas como vamos jogar em casa, de repente, vai que dá uma zebra. Hoje o Brasil é azarão.

CB: Qual o melhor jogador que você viu jogar?
AA: Zico e Romário. Os dois foram brilhantes. Uma pena que a seleção não venceu a Copa da Espanha, em 1982. Se tivesse sido campeã, Zico seria tratado de uma outra forma.

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