quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Não sai mais


Alexandre Pato desde que chegou ao Corinthians vem dando provas de dedicação e profissionalismo. É o primeiro a chegar e o último a sair dos treinamentos no CT Joaquim Grava.

Treina o físico, bate faltas e não quer aparecer mais que os outros. Já tem 3 gols pelo timão e, diferente do que a maioria pensou, Pato não é estrela. Nem quer ser.

A boa exibição do atacante ontem no jogo do Corinthians diante do Millonarios foi o resultado de tanto trabalho. Flutuando no ataque e voltando para ajudar na marcação, o camisa 7 teve ótima participação e um excelente entrosamento com o peruano Paolo Guerrero. Fez 1 gol e poderia ter feito mais.

Soma-se, com a boa fase de Pato, a má fase de Émerson. O camisa 11 desde o fim da Libertadores não vem jogando bem. Com atrasos nos treinamentos e problemas pessoais, Sheik foi justamente sacado e agora é banco no time do Corinthians.

Tirar Alexandre Pato dos 11 titulares do timão será complicado. Tanto para Émerson quanto para Jorge Henrique. Romarinho também corre por fora. Provavelmente os 3 brigarão pela vaga atualmente de Renato Augusto, que também está mostrando um bom futebol.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

A organizada Ponte Preta

Até então líder do Paulistão 2013, a Ponte Preta do técnico Guto Ferreira vem se destacando pela solidez defensiva e organização tática. Dentro do Moisés Lucarelli, os números são espetaculares. São 6 meses sem perder no Majestoso, contabilizando 13 jogos de invencibilidade da macaca em seus domínios.

Há no time alguns destaques individuais.Cléber, Baraka e Cicinho são exemplos.

Cléber é uma grata surpresa. Reserva na maior parte de 2012, o zagueiro teve a chance, foi bem e tomou conta da posição. Rápido, bom na bola alta e firme, o camisa 3 é até agora um dos melhores zagueiros do estadual paulista. Lembra o estilo de Dedé, zagueiro do Vasco e da Seleção Brasileira.

Baraka vem evoluindo. Jogou o brasileirão do ano passado pela Ponte e não esteve tão bem. Mas, em 2013 tudo mudou. Atuando como 1° volante, Baraka é bom marcador, passador e não comete muitas faltas. Até aqui é peça fundamental de Guto Ferreira.

Cicinho é o mais conhecido. Pode atuar tanto de lateral direito como de ponta direita. Habilidoso e velocista, Cicinho despertou o interesse de clubes maiores nacionais no fim de 2012. Mas a diretoria alvinegra aumentou o salário do jogador e assegurou sua manutenção na equipe. Vem jogando como ponta e é o termômetro da equipe da Ponte na temporada.

Edson Bastos, Artur, Ferron, Uendel, Bruno Silva, Ramirez, Diego Rosa e William completam o time-base da ajustada Ponte Preta, que joga no 4-2-3-1. O trabalho de Guto Ferreira não pode ser ignorado. Guto conseguiu unir o elenco e definir um padrão de jogo bem feito. As chances da Ponte conquistar o Paulistão não são baixas.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O problema Assunção


Marcos Assunção há algum tempo é sinônimo de perfeição nas bolas paradas. Conhecido nacionalmente, o volante no entanto causa um certo problema entre os seus comandantes.

Assunção está mais para um 2° volante. Este 2° homem tem a função de cobrir o meio-campo com marcação e aparecer como elemento surpresa em ataques do seu time. É o que Paulinho faz no Corinthians, Elias no Flamengo, Denílson no São Paulo e Souza no Grêmio, por exemplo. Marcos Assunção não tem idade para fazer tudo isso. O time que não tem esse homem (como o Atlético Mineiro) usa 2 jogadores de marcação forte e velocidade. Aí o problema. O jogador natural de Caieiras não é um 1° volante nem um 2° volante moderno.

Com ele no Palmeiras, muitas vezes Felipão e até Gilson Kleina usavam 3 volantes. Assunção e mais 2: um 1° volante marcador e um 2° volante com saída de bola. O camisa 20 era um meio termo. Com 3 volantes em campo, há apenas 1 armador e 2 atacantes. Pouca produção.

Já no Santos, Muricy Ramalho nos primeiros jogos usou Marcos Assunção como 2° volante, ao lado de Arouca, Cícero e Montillo (esses 2 últimos armadores). Não deu resultado e o treinador contra a Ponte Preta sacou um centroavante e passou a jogar com 5 homens no meio. Os 4 já citados e Renê Júnior, outro 2° volante.

É evidente a qualidade de chute e passe que tem o volante santista. Mas, como usá-lo? De 1° volante seria impossível, já que Assunção não tem velocidade nem poder de marcação suficiente para fazer a posição. De 2° volante ele já foi testado e não deu resultado. Fica mais um problema para Muricy Ramalho resolver no Santos...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A idade chega


Sempre admirei o jeito do Lúcio dentro de campo. Espírito de liderança, rápido e firme, o zagueiro foi um dos principais nomes do Brasil nas últimas 3 Copas do Mundo. Mas o tempo passa, e a perna pesa.

Lucimar da Silva Ferreira começou no Internacional e passou por clubes de alto nível europeu como o Bayern de Munique e a Internazionale. Atualmente no São Paulo e com 34 anos, o camisa 3 não vem atuando bem. São pelo menos 3 falhas que resultaram em gol contra o tricolor, além de um gol contra diante do Atlético Mineiro na Libertadores. O Lúcio de hoje chega atrasado, não faz a cobertura da forma correta e toma inúmeras bolas nas costas.

A posição dificulta. Ser zagueiro com mais de 32 anos no futebol brasileiro de hoje é complicado, visto que o uso de atacantes rápidos nas equipes está alto. Juan (Internacional), Anderson Polga (ex Corinthians) e Cris (Grêmio) são outros exemplos de zagueiros que não deram (ou não estão dando) certo em seus clubes.

Talvez seja melhor Lúcio repensar a carreira. Carreira vitoriosa e cheia de títulos. Um jogador que para 'por cima' certamente é mais bem visto pela imprensa e pela torcida.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Sinal verde



O Palmeiras perdeu um grande jogador. E ganhou força no elenco. A ausência de Barcos pode significar a perda de identidade do time do verdão, que já havia deixado Assunção sair em 2012. Mas a chegada dos ex-gremistas Vilson, Léo Gago, Rondinelly e Leandro somada a uma quantia em dinheiro faz bem ao clube paulista. Paulo Nobre e Brunoro estão trabalhando e já trouxeram, além destes, Marcelo Oliveira, Charles, Ronny e Kléber.

Hernán Barcos, o pirata, que no fim de 2012 fez um vídeo dizendo que ficava no Palmeiras, forçou a sua saída. No rebaixamento do verdão, o atacante deixou claro que não seria bom jogar a 2ª divisão, já que visava uma convocação na Copa 2014 pela Argentina.

Pra piorar: um dia antes da saída do pirata, Brunoro, em entrevista a TV Bandeirantes, confirmou a permanência de Barcos no Palmeiras em 2013. A diretoria acabou perdendo um pouco do prestígio da torcida diante desta declaração.

Com o negócio, Nobre deixa claro que a prioridade do time é a volta para a elite do futebol brasileiro. Correto. A Libertadores para este ano é loucura, haja visto os outros brasileiros e alguns argentinos da competição: são superiores ao Palmeiras no momento.

Chegou a hora de Gilson Kleina mostrar o seu potencial. Com o time do ano passado era impossível tirar alguma conclusão sobre sua capacidade de treinador, mas agora há material humano suficiente para um trabalho coerente e organizado.