sexta-feira, 31 de maio de 2013

O galo vivo em um futebol mágico


Passou para a semifinal da Libertadores um galo forte vingador nesta quarta-feira. Jogando menos do que habitualmente, o Atlético Mineiro teve que contar com Victor e, com o regulamento debaixo do braço, avançou e agora é o único brasileiro vivo na competição, que derrubou, no apito, outros brasileiros.

O momento da defesa de Victor no pênalti mexicano no último minuto foi mágico. Para qualquer fã de futebol agradecer Charles Miller pela existência desse esporte. Fez a emoção superar a razão. E explodir um Independência até então calado pelo medo da rede balançar. O maior chute da história do Atlético Mineiro não foi executado por Reinaldo ou Ronaldinho Gaúcho. E sim por outro R. De Riascos, do eliminado Tijuana.

Dois fatos marcam mais ainda o que Victor, com a ponta da chuteira, fez ontem: em 1999, Marcos defendeu um pênalti do rival Marcelinho Carioca e classificou o Palmeiras na Libertadores, também nas quartas de final. Ano passado, no mesmo torneio, Cássio salvou o Corinthians do pior contra o Vasco. Na ocasião, Diego Souza, sozinho com o goleiro, desperdiçou o que seria certamente a vaga dos cariocas. Outro fato nas quartas. Palmeiras e Corinthians, com estes milagres, foram campeões.

Victor virou herói. E salvou Leonardo Silva, que tornaria-se vilão caso o pênalti fosse convertido. Aos 30 anos, o bom goleiro, que nunca foi lembrado na seleção brasileira, deixou o galo mais vivo do que nunca no horto. Victor, de Santo Anastácio, interior de São Paulo. De Belo Horizonte. Do Brasil. Da América. Do mundo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário