domingo, 17 de fevereiro de 2013

O problema Assunção


Marcos Assunção há algum tempo é sinônimo de perfeição nas bolas paradas. Conhecido nacionalmente, o volante no entanto causa um certo problema entre os seus comandantes.

Assunção está mais para um 2° volante. Este 2° homem tem a função de cobrir o meio-campo com marcação e aparecer como elemento surpresa em ataques do seu time. É o que Paulinho faz no Corinthians, Elias no Flamengo, Denílson no São Paulo e Souza no Grêmio, por exemplo. Marcos Assunção não tem idade para fazer tudo isso. O time que não tem esse homem (como o Atlético Mineiro) usa 2 jogadores de marcação forte e velocidade. Aí o problema. O jogador natural de Caieiras não é um 1° volante nem um 2° volante moderno.

Com ele no Palmeiras, muitas vezes Felipão e até Gilson Kleina usavam 3 volantes. Assunção e mais 2: um 1° volante marcador e um 2° volante com saída de bola. O camisa 20 era um meio termo. Com 3 volantes em campo, há apenas 1 armador e 2 atacantes. Pouca produção.

Já no Santos, Muricy Ramalho nos primeiros jogos usou Marcos Assunção como 2° volante, ao lado de Arouca, Cícero e Montillo (esses 2 últimos armadores). Não deu resultado e o treinador contra a Ponte Preta sacou um centroavante e passou a jogar com 5 homens no meio. Os 4 já citados e Renê Júnior, outro 2° volante.

É evidente a qualidade de chute e passe que tem o volante santista. Mas, como usá-lo? De 1° volante seria impossível, já que Assunção não tem velocidade nem poder de marcação suficiente para fazer a posição. De 2° volante ele já foi testado e não deu resultado. Fica mais um problema para Muricy Ramalho resolver no Santos...

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