segunda-feira, 10 de junho de 2013
Sem ilusões
Finalmente veio a tão esperada vitória brasileira em cima de um gigante do futebol mundial. Após quase quatro anos de vexames, o Brasil fez um bom jogo e venceu a França por 3 a 0. O resultado, todavia, é ilusório: os franceses vieram sem 6 titulares. Dentre eles, Ribery, craque do atual campeão da Europa Bayern de Munique.
Apesar da vitória, muita coisa pode e deve melhorar. Uma delas é o posicionamento de Paulinho, que, teoricamente, joga na mesma posição em que atua no Corinthians. Teoricamente. O volante parece ter medo de atacar. Não sabe-se se por receio do próprio ou por ordens de Felipão. A 2ª opção é mais válida, visto que o treinador chegou a colocar Luiz Gustavo e Fernando juntos na partida, prendendo mais ainda o meio-campo amarelo.
A ausência de uma marcação pressão forte também incomoda. O Brasil pouco faz o que é uma tendência do futebol moderno, e deixa frequentemente a intermediária adversária livre. Além disso, a criação de jogadas pelo centro do gramado não existe. Sempre um ataque brasileiro pende para um dos lados, facilitando a marcação contrária.
Mas, de todos os problemas existentes, o pior é a movimentação. No caso, falta dela. O 4-2-3-1 montado por Scolari é estático. Neymar, Oscar e Hulk dificilmente triangulam ou mudam de lado, alternando posições. Fixar o esquema só piora o desempenho.
A vitória tirou um peso enorme das costas do elenco do Brasil, que agora encara o Japão pela abertura da Copa das Confederações. Apesar de pouco importante, o torneio, hoje, é uma simulação do que a nossa seleção vai enfrentar ano que vem. Há sim a obrigação do título. E mais do que isso, de bons jogos.
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