quinta-feira, 11 de julho de 2013

O iluminado galo com crista de campeão

 
Em mais uma noite emocionante no Independência, o Atlético Mineiro devolveu os 2 a 0 no Newell's Old Boys e, através da disputa de pênaltis, fez história. O galo, diferentemente do desejo da Conmebol, é finalista da Libertadores. Bernard aos 3 minutos abriu o placar, que foi definido por Guilherme nos instantes finais da partida. Nos pênaltis, brilhou - de novo - a estrela do goleiro Victor, que defendeu a cobrança do badalado Maxi Rodríguez e colocou a equipe de Cuca na inédita decisão.

Palmas para Bernard. O meia de 20 anos, rotulado por Felipão como o jogador que tem "alegria nas pernas", foi um dos melhores em campo. Fez o prematuro gol mineiro e buscou jogo por todo o tempo que esteve no gramado. Como prêmio, o fraco árbitro do evento Roberto Silvera o presenteou com um cartão amarelo após reclamação, deixando o camisa 11 fora do primeiro embate diante do outro finalista Olímpia.

A maioria do elenco do Atlético também merece elogios. E o goleiro Victor é destaque nesta lista. Ele confirma o ditado de que um bom time começa por um bom goleiro. Foi muito bem no pênalti de Maxi e, como fez diante do Tijuana, encerrou qualquer chance de eliminação mineira defendendo um pênalti. A dupla de volantes Pierre e Josué se mostrou sólida e trouxe segurança aos zagueiros, que hoje não fizeram uma partida excepcional. Bernard já foi citado, e Tardelli se movimentou bem, criando lances de perigo. Para finalizar, Guilherme. O contestado garoto, oriundo do Cruzeiro, estava no lugar certo e na hora certa. Botou nas redes uma bola que veio parar em seus pés após falha argentina e garantiu o galo novamente na disputa.

Ronaldinho Gaúcho destoou de seus companheiros. O craque foi o pior do galo em campo, errando muitos passes, desperdiçando bolas paradas e ficando preso na marcação do volante argentino Mateo. Apesar disto, R10 foi pontual dando assistência para o primeiro gol da partida e concretizando seu pênalti. É preciso melhorar.

A queda de luz na etapa final foi determinante. O 2° tempo do Atlético foi fraco, e as chances claras de gol não apareciam. Apelidada por Cuca como "parada divina", parte dos refletores se apagou, e o treinador aproveitou o tempo livre para ajustar o time. Não é nenhum escândalo dizer que a queda de luz foi proposital, muito menos errada. Os brasileiros sofrem muito mais quando estão fora de casa. Um exemplo disto é a falta de segurança em cobranças de escanteio.

Cuca finalmente parece estar com sorte. Está demorando para vir um título grande ao seu currículo, que frequentemente tem ótimas equipes com poucos campeonatos. Alexi Stival tem passagens sem conquistas expressivas por São Paulo, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Cruzeiro. Chegou a hora de ter o seu trabalho reconhecido vencendo a Libertadores da América. Tem elenco, competência, e agora a sorte ao seu lado.

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